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De qual investimento devo sacar primeiro? Um dilema comum para quem tem carteira diversificada


Imagine a seguinte cena: você está com a vida financeira organizada, tem sua carteira bem diversificada — um pouco em renda fixa, alguns fundos, ações, talvez até fundos imobiliários. Aí surge uma necessidade: trocar o carro, pagar um tratamento médico ou cobrir uma despesa inesperada. O dinheiro precisa sair de algum lugar. Mas... de onde?

Esse é um dilema mais comum do que parece. E a decisão errada pode custar caro, seja em impostos, perdas financeiras ou até em bagunçar todo o equilíbrio da sua carteira.

Vamos ver como tomar essa decisão de forma inteligente?


1. Olhe primeiro para a liquidez

O primeiro passo é pensar no prazo de resgate.

  • Tem dinheiro na sua reserva de emergência? É para isso que ela existe — liquidez imediata e segurança.

  • Se não, busque investimentos que liberem o valor rapidamente e sem penalidades. Evite resgatar de ativos que demoram vários dias úteis ou que tenham carência, a não ser que seja inevitável.


2. Cuidado com o peso dos impostos e taxas

Resgatar cedo demais pode reduzir o retorno — e muito.


  • IOF: se o dinheiro está aplicado há menos de 30 dias, a cobrança pode consumir boa parte do rendimento.

  • Imposto de Renda: na renda fixa, quanto mais tempo aplicado, menor a alíquota (tabela regressiva).

  • Taxas: verifique se há custos de corretagem ou penalidades por sair antes do prazo.


Às vezes, é melhor sacar de um investimento com rendimento menor, mas que já está “limpo” de impostos e taxas, do que mexer em algo mais lucrativo mas que vai gerar um custo alto na saída.


3. Observe o momento do mercado

Vender ações ou fundos imobiliários no meio de uma queda acentuada pode significar cristalizar prejuízos. O mesmo vale para renda fixa prefixada ou atrelada à inflação, que pode oscilar no mercado secundário. Se possível, priorize o saque de ativos que estão estáveis ou em bom momento, preservando os que estão temporariamente desvalorizados para que se recuperem.


4. Mantenha o equilíbrio da carteira

Sua carteira foi pensada para ter um certo equilíbrio entre risco e retorno. Se você tira muito de um único tipo de ativo, esse equilíbrio se perde. Por exemplo: sacar apenas da renda fixa pode deixar sua carteira agressiva demais; vender só ações pode torná-la conservadora demais. Depois do saque, veja se será necessário rebalancear os pesos dos investimentos.


5. Lembre do seu objetivo

Cada investimento tem um papel: reserva de emergência, objetivos de médio prazo, aposentadoria. Se você sacar de um ativo pensado para o longo prazo, pode comprometer seus planos futuros. Sempre que possível, retire do investimento que foi designado para o objetivo mais próximo.


Resumindo: a decisão de qual investimento resgatar não deve ser feita com base apenas em “o que está rendendo menos”. É preciso olhar para liquidez, tributação, momento do mercado e impacto na diversificação. Assim, você preserva seu patrimônio, evita perdas desnecessárias e mantém sua estratégia no caminho certo.


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